margem
Não quero a obrigação tardia. Hoje, movida de vida e boca a boca, quero o encontro das mãos e pernas. Nada erótico. Quero a profundida do beijo eterno dos cinco minutos passados.
Eu me rendo.
Eu me entrego.
Justo é o passar das horas e minhas esperanças transitam líquidas pelos ponteiros do relógio. Amo com a fome de um pássaro que come aos poucos. Devorada de alegria, me acerto com minhas mágoas intranquilas. Sonolentas, conversam entre si. Eu lhes permito existir. Porém, não lhes permito o palco de meu ser. Não sou mulher de vitórias. Sou simples como a fé que guia os pés dos romeiros que buscam libertação para o sofrimento alheio. Estou sempre à margem da história.
Comentários
beijinhos Letícia
Lindo texto!
Admiração imensa. <3